
Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como o Memorial do Convento, A Jangada de Pedra, O Ensaio sobre a Cegueira ou O Ano da Morte de Ricardo Reis, o escritor José Saramago coloca agora nas mãos dos leitores esta obra excepcional que é A Viagem do Elefante.
Neste livro, escrito em condições de saúde muito precárias, não sabemos o que mais admirar - o estilo pessoal do autor exercido ao nível das suas melhores obras; uma combinação de personagens reais e inventadas que nos faz sentir a realidade e a ficção como uma unidade indissolúvel, como é próprio da grande literatura; um olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão solidária com que José Saramago observa as fraquezas humanas.
Escrita dez anos após atribuição do Prémio Nobel, A Viagem do Elefante mostra-nos o escritor em todo o seu esplendor literário.
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